Como realizar o plantio do pêssego
Receitas com pêssego
Pêssego (Prunus persica)
Origem: Durante muito tempo se acreditou que o pessegueiro era originário da Pérsia, daí o seu nome Prunus persica. Hoje se sabe que sua origem é chinesa, havendo referências 20 séculos aC.
Foi levado provavelmente da China à Pérsia e daí se espalhou pela Europa, pois já era conhecido pelo mundo greco-romano um século antes de Cristo.
Sua introdução no Brasil ocorreu no ano de 1532 em São Vicente (hoje São Paulo), através de mudas provenientes da Ilha da Madeira, trazidas por Martin Afonso de Souza.
A fruta é apreciada no consumo in natura ou em preparações como caldas, conservas, doces, cristalização, geléias, desidratado em sucos, licores e sorvetes.
A árvore cresce depressa e dá belas flores rosadas ou arroxeadas. A casca,
recoberta por uma leve penugenzinha, protege a polpa, que, além de doce e saborosa, é rica em
vitamina A.
INDICAÇÃO:
O pêssego é uma fonte de alimento pouco calórica. Contém vitaminas antioxidantes. Uma fruta de tamanho médio possui apenas 35 calorias. Ele é rico em uma fibra solúvel, a pectina, que ajuda a reduzir o colesterol sangüineo.
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Rosales
Família: Rosaceae
Género: Prunus
Subgénero: Amygdalus
Espécie: Prunus persica
O pessegueiro (Prunus persica) é uma pequena árvore, nativa da China, de folhas alternas e serreadas, flores roxas e drupas pubescentes, comestíveis e com propriedades aperitivas e digestivas.
Com inúmeras variedades hortícolas.
A infusão das folhas e sementes é calmante e as flores são usualmente utilizadas como laxante suave.
__________________________________Créditos da foto: Cátia Simone
Partes utilizadas: Folhas e fruto.
Propriedades medicinais do pêssego
O pessegueiro é uma árvore da família das Rosáceas,
oriunda, segundo Candolle, da China Central, e não da Pérsia, como o
nome equivocadamente indica .
Auxilia no bom funcionamento dos órgãos digestivos.
Ajuda a tratar de: Contusões, eliminação de toxinas, erupções na pele, fungos, intestino
preguiçoso, pele cansada, problemas respiratórios, regularização do ácido úrico, tosse
cardíaca.
Utilidades Medicinais:
Erupções cutâneas em geral - Cataplasmas locais das folhas frescas
amassadas; ou, do decocto concentrado das folhas secas moídas.
Hemorragias - Uso tópico do caroço bem misturado com uma gema de
ovo. Remédio Popular.
Hipertensão arterial - Fazer refeições exclusivas de pêssego.
Passar alguns dias só com esta fruta.
Verminose - Infuso das flores em jejum.
Trabalhos da Embrapa
CARACTERÍSTICAS ECONÔMICAS E SOCIAIS
DA PRODUÇÃO DE PÊSSEGO NO RIO GRANDE DO SUL
O pessegueiro é uma espécie
nativa da China, com registros que remontam a 20
séculos a C. Estudos indicam que,
provavelmente, teria sido levado da China para a
Pérsia e de lá se espalhado pela Europa. No
Brasil, segundo relatos históricos, o
pessegueiro foi introduzido em 1532 por Martim
Afonso de Souza, por meio de mudas trazidas da
Ilha da Madeira e plantadas em São Vicente (no
atual estado de São Paulo).
Segundo dados da FAO (1998),
a produção mundial de pêssegos é de
aproximadamente 11 milhões de toneladas, sendo
os principais produtores a China, a Itália, os
EUA e a Espanha. Embora sendo o maior produtor
mundial, a China não figura na relação dos países
exportadores, o que provavelmente se deve ao
grande consumo interno. Ainda com base nessas
mesmas estatísticas, na América do Sul, o
Chile e a Argentina aparecem na oitava e nona
posição, respectivamente, com produção de
aproximadamente 280 mil toneladas/ ano e o
Brasil na 13º, com uma produção anual de 146.
Segundo o IBGE, no período
entre 1970-1999, a produção brasileira de pêssego
passou de 111 para 159 mil toneladas/ ano, assim
distribuídas entre os estados produtores: Rio
Grande do Sul: 42%, São Paulo: 22%, Santa
Catarina: 19%, Paraná: 11%, Minas Gerais: 5% e
os demais estados: 1%. A área de pomares de
pessegueiros, segundo essa mesma estatística,
passou de 16,6 para 20,7 mil hectares, assim
distribuídos: Rio Grande do Sul (51%), Santa
Catarina (20%), São Paulo (15%), Paraná (9%),
Minas Gerais (4%) e os outros estados (1%).
Levantamentos mais recentes, efetuados pela
Embrapa Clima Temperado, indicam que, no Rio
Grande do Sul, nesse mesmo período, foram
agregados mais de 5 mil ha de pomares, sendo que
dois deles já se encontram em produção,
embora ainda não incorporados às estatísticas.
Estimando-se, a partir dos
dados acima, a produtividade média de cada
estado produtor, verifica-se uma disparidade
significativa pois, enquanto o maior estado
produtor, o Rio Grande do Sul, apresenta uma
produtividade de 6,4 ton./ha e Santa Catarina,
também tradicional produtor, 7,2 ton./ha, nos
estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo a
produtividade é de 9,2; 10,6 e 10,7 ton./ha,
respectivamente. Esse fato, provavelmente, está
relacionado ao nível tecnológico empregado e
à idade média dos pomares nas regiões.
No Brasil, os estados do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná têm as
melhores condições naturais para a produção
comercial do pêssego. É possível, no entanto,
produzi-lo em outros estados com cultivares
menos exigentes de frio ou em estações
microclimáticas adequadas às exigências mínimas.
No Rio Grande do Sul, maior
produtor nacional, é possível se encontrar
plantas de pessegueiro em todas as regiões.
Entretanto, a produção comercial está
concentrada em três pólos que, juntos, segundo
a Embrapa Clima Temperado, somam cerca de 13 mil
hectares de pomares.
O primeiro dos três pólos
mais importantes localiza-se na chamada
"Metade Sul" do estado, que compreende
29 municípios e concentra mais de 90% da produção
destinada ao processamento industrial de
diversas formas, com destaque para a compota.
Anualmente são produzidas, em média, 40 milhões
de latas de 1 kg de compota destinadas ao
mercado interno. Mesmo com um consumo per capita
de apenas 0,25 kg, o país tem importado
anualmente cerca de 20 milhões de latas da Grécia,
Espanha, Argentina e Chile. Entretanto, como
resultado das taxações impostas pelo governo
às importações, a partir de 1999 houve redução
de cerca de 50% dessas importações,
beneficiando e protegendo a cadeia produtiva.
Essa atividade, em expansão
em todo o estado do Rio Grande do Sul, em função
do apoio do Governo Federal com programas de
financiamento a fundo perdido, tem-se
apresentado como uma ótima alternativa aos
agricultores da região (Metade Sul). Segundo
Madail et al (2002), o sistema de produção
atualmente adotado pelos agricultores de base
familiar apresenta uma Taxa Interna de Retorno -
TIR de 43,9% e o sistema empresarial 38%. Esses
valores são superiores às taxas de juros no
mercado financeiro ou qualquer outro ativo
especulativo.
O segundo pólo, localizado
na Grande Porto Alegre, é composto por nove
municípios e produz, em média, segundo João
et al (2001), 4.800 toneladas de pêssegos para
o consumo in natura numa área de 312 ha, o que
representa uma produtividade média de cerca de
15 toneladas/ ha. Trata-se de uma região que
apresenta uma importante vantagem competitiva, já
que está próxima do principal mercado
consumidor do estado (Grande Porto Alegre).
O terceiro pólo está
localizado na Encosta Superior do Nordeste, na
região também conhecida como Serra Gaúcha,
mais especificamente nos municípios de Caxias
do Sul, Bento Gonçalves, Veranópolis,
Farroupilha, Flores da Cunha, Nova Pádua, Antônio
Prado, Ipê, Pinto Bandeira e Campestre da
Serra. Na safra 2000/2001, a região produziu
cerca de 46 mil toneladas de pêssego que, na
sua totalidade, são destinadas ao mercado de
consumo in natura, numa área de aproximadamente
3.200 ha, o que representa uma produtividade
superior a 14 toneladas/ ha.
Por se tratar de uma região
produtora de frutas tradicional, com ênfase
especial na viticultura, a ascensão do pêssego
passa a ter, na seqüência, uma abordagem mais
detalhada nos seus aspectos técnicos e econômicos.
A produção de pêssegos na Região da Serra
Gaúcha
Esse pólo produtor de pêssego
ocupa uma área de aproximadamente 3.200
hectares, envolve cerca de 1.860 famílias que
exploram a atividade em pequenas áreas, que
atingem, em média, 2 hectares.
A cultura de frutas de caroço
é de grande importância econômica e social
para essa região, pois com uma estrutura fundiária
baseada em minifúndios e com disponibilidade de
mão-de-obra familiar, esses produtores
encontram na fruticultura uma ótima alternativa
de diversificação da matriz produtiva, absorção
da mão-de-obra familiar e geração de renda em
pequenas áreas. Segundo pesquisa realizada pela
Embrapa Uva e Vinho, no período entre 1985 e
1997, a contribuição da cultura do pessegueiro
na formação do valor bruto da produção
desses estabelecimentos evoluiu de cerca de R$
62,20 para R$ 1.023,06 (valores deflacionados),
o que equivale a um aumento de cerca de 1.600%.
Entretanto, paralelamente ao crescimento da área
e volume de produção, começaram a surgir os
problemas tecnológicos e logísticos, típicos
dos pólos produtores.
Os cultivares de pêssego
produzidas na região são todas de polpa
branca, com destaque para a cultivar Chiripá,
que representa 50%, e Marli, com 40% da área
total em produção. Desse fato, surge uma
característica marcante e limitante à
competitividade desse pólo produtor que é a
concentração da época de safra dessas duas
cultivares, que ocorre entre meados de dezembro
e meados de janeiro, num período de
aproximadamente 25 dias. Essa concentração da
produção, dada a precária estrutura de logística
existente na região, principalmente na
capacidade de armazenagem em câmaras frias,
transforma-se, por um lado, em excesso de oferta
que avilta os preços em nível do produtor e,
por outro lado, provoca a queda da qualidade de
grande parte do produto em nível do consumidor,
já que as cultivares produzidas também
apresentam problemas de perecibilidade,
estimando-se que mantenham a qualidade para o
consumo por, no máximo, 25 dias em boas condições
de armazenamento e maturação das frutas.
Entretanto, os fatores de
ordem tecnológica relacionada às cultivares de
pêssego cultivadas comercialmente na região (Chiripá
e Marli), não se limitam às questões da
concentração da oferta e perecibilidade. Por
serem de ciclo tardio, sofrem intensos ataques
de pragas na fase de maturação, exigindo,
conseqüentemente, ações de controle que, em
muitos casos, são feitas através da intervenção
com produtos químicos, o que, além dos
aspectos ambientais e de saúde dos produtores,
tem um impacto significativo nos custos de produção.
Esses, entre outros, são
fatores que tem dificultado maiores avanços no
esforço desenvolvido pela Embrapa Uva e Vinho
no sentido de desenvolver um sistema de produção
integrada de pêssego para a Região da Serra Gaúcha
e que evidenciam a necessidade de uma elevação
no patamar tecnológico disponível, a iniciar
pela criação ou adaptação de cultivares às
condições edafoclimáticas da região.
Entretanto, a este esforço da pesquisa deverão
ser agregados outros relativos à assistência técnica,
políticas creditícias para custeio e
investimentos na produção e em estruturas de
logística, a partir do que, provavelmente, se
estará criando as condições para uma maior
organização dos produtores envolvidos com a
cultura do pêssego na Serra Gaúcha.
Embrapa - Data Edição: 25/05/05
Ver também:
Como realizar o plantio do pêssego
Receitas com pêssego
Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%AAssego às 10:48 de 06/03/2008http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=10339,
às 23:26h; em 2/02/2008.
Essencial - Um guia prático para cuidar da saúde, Editora Nova Cultural Ltda, São Paulo, 2001.
www.todafruta.com.br Data Edição: 07/07/04
Curso Básico de Fruticultura - Engº. Agroº. Marco Moro - Escritório Regional
da EMATER - Pelotas/RS - 2006.
Bibliografia:
As Frutas na Medicina Natural
Alfons Balbach
Daniel S. F. Boarim
Edição Vida Plena
(XX11) 464-3888 - Itaquaquecetuba - SP.